Impeachment pode acabar judicializado

José Eduardo Cardozo, Antonio Anastasia e Raimundo Lyra. Foto Orlando Brito

A reunião da Comissão do Impeachment no Senado é um espetáculo à parte. O presidente da escolinha… oops! da Comissão, Raimundo Lira, acaba de recitar a tabuada: 6 x 8=48! Era para falar do prazo para as testemunhas.

O clima já esquentou em muitos momentos. Há pouco, o líder do Governo, o tucano Aloysio Nunes Ferreira, perdeu a paciência com as interrupções da senadora Vanessa Graziotin (PCdoB- AM) e tascou: “Fica quieta e me escuta!”.

Em meio à confusão, Lira aprovou uma questão de ordem polêmica, que encurta em 20 dias o prazo de tramitação do impeachment e permite que seja votado em plenário em meados de julho. O prazo máximo de 180 dias, com isso, acaba sendo reduzido a pouco mais de 60 dias.

José Eduardo Cardozo, presente como advogado de Dilma Rousseff, avisou que vai recorrer ao STF por cerceamento de defesa.

É verdade que Temer e seus aliados trabalham para encurtar ao máximo esses prazos e a interinidade do governo. Sabem que o tempo, com seus desgastes e mais tropeços prováveis, trabalha contra ele e a favor de Dilma. Mas a judicialização do processo poderá custar mais tempo e vitimizar Dilma. O tiro pode sair pela culatra.

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