O tempo está passando e já tem muita gente preocupada, inclusive nos arredores do STF, com a possibilidade de estar sendo preparado um “gran finale” para a prisão do ex-presidente Lula. Não há qualquer confirmação oficial, mas esse roteiro prevê que o TRF-4 examine – e negue – os embargos da defesa na próxima segunda-feira, dia 26. A partir disso, a prisão poderia ser quase imediatamente decretada pelo juiz Sérgio Moro. Que estaria aonde? No programa Roda Viva, da TV Cultura.
A entrevista de Moro, ao vivo, na noite de 26 de março, já foi confirmada pela emissora. E não haveria final mais midiático para Lava Jato do que a cena do juz, ao vivo, anunciando, finalmente, a prisão de seu réu preferido. Para os aliados de Lula, um escárnio. Para os xerifes da Lava Jato, uma festa.
Para o distinto público – mexido nos últimos dias pelas manifestações que se seguiram à execução da vereadora Marielle Franco – ninguém sabe. Só o que se sabe é que a prisão de Lula, venha no dia em que vier, se vier, não será um passeio.
Por isso, esta é uma semana tensa, muito tensa aqui em Brasília. O tempo parece estar passando ainda mais rapidamente no STF, que só teria até esta sexta para tomar alguma decisão em tese sobre a determinação da prisão em segunda instância. Mas a Corte está dividida e perplexa com a resistência de sua presidente, Cármen Lúcia, perante os holofotes da mídia, em colocar o tema em pauta. Mal-estar é pouco para definir o clima hoje no STF.
É por aí que os bombeiros vão tentar fazer a única coisa que sabem: jogar água fria. Dentro e fora do STF, a começar pelo TRF-4. Ninguém vai se surpreendet se os embargos de Lula não forem julgados no dia 26, ao contrário do que se espera.