Dirigentes de centrais sindicais tentam convencer os companheiros a adiar a greve geral marcada para o dia 30 de junho. Acham que não há mobilização suficiente para fazer o país parar, ainda que parcialmente, contra as reformas. Sugerem reorganizar a tropa em torno das diretas já e marcar uma data mais adiante, apostando na crise política e na votação da denúncia do PGR Rodrigo Janot contra Michel Temer na Câmara. Consideram que até lá o agravamento da situação do presidente poderá ter despertado as ruas – que, ao que parece, ainda insistem em continuar dormindo.
Sindicalistas e lideranças de movimentos sociais olharam com certa perplexidade, e até uma ponta de inveja, para os evangélicos e os movimentos LGBT que, no feriado do Corpus Christi e neste domingo, conseguiam levar milhões às ruas de São Paulo. Acham que, se a política tivesse o mesmo apelo da religião e da causa gay, Temer já poderia ter sido derrubado. Mas a culpa é de quem?