Da hora e meia que durou o encontro do governador Geraldo Alckmin com a cúpula do DEM, nesta segunda-feira, mais de uma hora foi gasta em conversas sobre amenidades. Só no final, quando os visitantes já se levantavam para ir embora, é que se animaram a tocar no assunto que os levara lá: o avanço sobre parte da bancada governista do PSB, que deve mudar de legenda. Rodrigo Maia, ACM Neto e José Agripino explicaram que seu partido não tem intenção de ter hegemonia na Câmara, e que não quer ter uma bancada maior do que o PSDB e nem competir com os tucanos em 2018.
O mais enfático nessas explicações foi o prefeito de Salvador, nome cogitado para a vaga de vice de Alckmin numa eventual aliança presidencial na eleição do ano que vem. Alckmin fez que acreditou e ficou com cara de satisfeito.
Mas o principal objeto das angústias tucanas, o deputado Rodrigo Maia, não falou tanto assim. Por isso, ainda restou um fiapo de desconfiança no tucanato, que teme ver Maia fortalecido, na presidência, engordar seu partido e acabar candidato à reeleição em 2018. Pelo sim, pelo não, a ala do PSDB que defende a candidatura Alckmin continua apostando na permanência do partido no governo e na sustentação de Michel Temer até o fim do atual mandato.