Nas desanimadas palavras de um integrante do Conselho de Ética da Câmara, a cassação de Eduardo Cunha só será aprovada na semana que vem “por um milagre”, depois das manobras para substituir e pressionar deputados.
Mas Curitiba acaba de dar sua contribuição aos que tentam punir Cunha. O juiz Sérgio Moro acolheu a denúncia contra a mulher de Cunha, Claudia Cruz, entendendo ter havido crime nos gastos que ela fez de uma conta na Suíça que era alimentada por recursos dos desvios da Petrobras.
Na entrevista sobre o assunto, o procurador Deltan Dallagnol não deixou margem para dúvidas em relação à conduta do marido, desmontando todas as explicações envolvendo “trusts” e outras desculpas.
A rapidez de Curitiba contrasta com os prazos mais arrastados do STF e, sobretudo, com a leniência da Câmara dos Deputados, onde há quase um ano se arrasta o processo de cassação de Cunha.