Depois da desistência do apresentador Luciano Huck, o presidente do PPS, Roberto Freire, perdeu a pressa. Fez de tudo para que a convenção nacional do partido não aclamasse o senador Cristovam Buarque como candidato à presidência.
Cristovam quer e poderia ter saído dali como candidato. Mas não quis confrontar Freire e, com jeitinho, fez um discurso defendendo que a escolha fique para o ano que vem: “Não quero ser o Dória do Roberto Freire”, disse.
Com o gesto, deixou o presidente do partido satisfeito, mas, ao mesmo tempo, numa saia-justa. Vai ficar difícil se opor à candidatura Cristovam quando a hora de decidir chegar.
“Quero dizer que, depois dessa intervenção do Cristovam, ele cresce como um possível candidato do PPS – pela compreensão, que é o que os outros não tem…”, acabou concluindo Freire em seu discurso.
Cristovam não é Huck, o candidato dos sonhos de Freire, mas também não vai ser Dória.