Não será tão cedo que os ânimos vão se apaziguar depois do confronto envolvendo ministério público e ministros do STF por conta do vazamento da suposta delação de Leo Pinheiros citando Dias Toffoli. Os meios jurídicos continuam fervendo, como ficou claro agora à noite na concorridíssima posse do novo Corregedor Nacional de Justiça, João Otávio Noronha, que é ministro do STJ. Em seu discurso, ele disse que uma das funções do Conselho Nacional de Justiça é defender os magistrados da mídia.
“Não podemos admitir que se instaure uma ditadura da informação falsa”, disse Noronha a uma plateia integrada por ministros do STF como Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além dos ministros da Justiça, Alexandre Moraes, e das Relações Exteriores, José Serra. Toffoli, por sinal, foi alvo de uma espécie de desagravo do corregedor, que fez a ele uma saudação especial, destacando sua honradez.
Numa demonstração de que o clima continua naquela base de não-cabemos-na-mesma-toga, o procurador-geral Rodrigo Janot não compareceu.