O maior ti-ti-ti do fim de semana em Brasília foram as notícias de que um importante advogado, atuante nos tribunais superiores de Brasília, estaria em negociações com o Ministério Público para fazer uma delação premiada de explodir o quarteirão.
Os rumores correram nos principais escritórios de advocacia da cidade durante a semana e tomaram corpo com informação publicada na coluna do querido Jorge Bastos Moreno n’OGlobo deste sábado. Segundo ele, o personagem – que soube estar sendo investigado – antecipou-se e já teria citado informações nada republicanas sobre ministros do STJ e até do STF, inclusive mencionando nomes.
As redes sociais dos advogados da capital ficaram logo engarrafadas de mensagens: quem é? Alguns dos mais conhecidos e procurados por clientes famosos da Lava Jato, trataram logo de explicar: não sou eu!
De fato, as apostas não recaem sobre os nomes de criminalistas mais falados do noticiário do momento. Gente bem informada dá conta de que se trata de um respeitado tributarista – o que os leva a deduzir que a investigação que chegou a esse escritório não seria da Lava Jato, mas sim da Zelotes.
O que se comenta em todos os meios jurídicos de Brasília é que escritórios de advocacia e seus titulares entraram agora no alvo das operações do MP e da Polícia Federal – e, com isso, podem puxar para o picadeiro integrantes do Judiciário, único poder que ainda resta com um mínimo de credibilidade.
Ainda vem muita coisa por aí, e o fio da meada está se desenrolando em torno de acusações de que alguns advogados e escritórios não prestavam apenas serviços judiciais a seus clientes, mas os ajudavam a fazer contratos fraudulentos para ocultar lavagem de dinheiro e outros ilícitos.
É por isso que a semana, apesar do recesso, vai começar quente no Congresso e no Executivo, mas vai mesmo ferver é no Judiciário – que começa a entrar na panela. Por que não?