A primeira parte do debate dos presidenciáveis na TV Globo revelou duas fortes dobradinhas, ao que parece inseparáveis nessa reta final da eleição. Ciro Gomes e Marina Silva uniram-se para criticar a polarização entre Bolsonaro e o PT, argumentando que qualquer um dos dois que sair vitorioso não conseguirá governar em meio a tanto ódio.
Do outro lado, Fernando Haddad encontrou em Guilherme Boulos um parceiro para atirar em Bolsonaro. Os dois alertaram para os riscos de uma volta à ditadura militar, lembrando daqueles tempos duros.
O maior embate direto até agora foi entre Alckmin e Haddad, sobre a política econômica e as gestões petistas. Nada de novo.
O que salta aos olhos é que, diferentemente do que ocorreu em outros debates, o clima é pesado e tenso. Os candidatos estão sérios, semblantes preocupados, nervosos. É a última chance.
O nervosismo é grande até entre os que não tem mais chance. A piada que corre na plateia que se encontra no estúdio da Globo é que Álvaro Dias é, esta noite, o substituto do Cabo Daciolo, que não foi convidado. Na primeira aparição, ele falou, falou, falou, e gastou seu tempo sem conseguir formular a pergunta a Meirelles.