Confirmado o prosseguimento do julgamento no TSE, neste momento a discussão dentro do PT é o que fazer agora. A decisão não estava no script, e o partido, que esperava a cassação do registro de Lula na semana que vem, para variar está dividido. Sua cúpula, incluindo aí Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad e outros, quer aguardar a segunda-feira para cumprir um ritual que inclui a ida a Curitiba antes da reunião da executiva que indicaria Haddad.
Enquanto isso, seria apresentado um recurso ao STF, com pedido de liminar, na esperança de que este seja sorteado para algum ministro favorável durante o fim de semana. Como a hipótese é remota, o candidato seria substituído a tempo de figurar no programa eleitoral de terça-feira já como cabeça de chapa.
O problema dessa estratégia, apontado por setores do partido, é que o PT poderá ficar sem programa na estreia do horário eleitoral na TV, amanhã, dia em que a audiência costuma ser mais alta. Há risco porque, se Lula for cassado hoje, o partido estará sem candidato. Sem candidato, sem programa.
A tendência, porém, é esperar até segunda também por razões políticas e eleitorais. Na avaliação de alguns, a perda do programa da TV seria compensada pela movimentação que o partido pretende fazer com sua militância em torno do que chamará de casuísmo do TSE.