O ministro da Cidadania, deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS), é o primeiro candidato a governador pós-pandemia. Ele se apresentou numa matéria publicada nesta segunda-feira, 26, no Jornal do Comércio, de Porto Alegre.
Em entrevista ao colunista Edgar Lisboa, declarou que “o sonho de um dia governar o Rio Grande é algo que eu carrego no meu coração”. Pré-candidato em 2017, teve de abrir mão porque seu partido fechou com Geraldo Alckmin, do PSDB. A respeito de sua adesão ao então candidato Jair Bolsonaro, Onyx recorda: “Assim como em 2018, eu sou um cara de muita fé. Eu sou evangélico (luterano) e muito agarrado com Deus. Proclamo isso publicamente. E Deus me tirou lá da eleição do Rio Grande do Sul. Do ponto de vista do Poder Executivo, em 2017″.
Prosseguiu o agora pré-candidato: “Em maio do mesmo ano foi o momento em que o deputado Bolsonaro, hoje presidente, teve uma conversa comigo, que foi definitiva. E eu me lembro que eu fui ao presidente do partido, Agripino Maia (eu era secretário-geral do DEM), comunicar que iria apoiar Bolsonaro”.
“E ele me disse: ‘Mas por que tu vais fazer isso?’ Respondi: ‘Primeiro por que eu cansei de apoiar tucano. Segundo, porque eu cansei da velha política. E terceiro, por que eu quero apoiar alguém que acredite, que fale a verdade e que honre a palavra empenhada’ “. E o ministro comemora: “Graça a Deus deu certo”.
Bolsonaro, cabo eleitoral
O ministro conta com a transferência de votos do presidente Bolsonaro, com o retrospecto dos 63,24% de votos válidos no segundo turno das eleições no Rio Grande (e mais de 50% no primeiro turno). Onyx foi o segundo deputado federal mais votado no Estado.
Seu concorrente, no campo governista, seria o deputado federal Osmar Terra (MDB/RS), cotado para o Ministério da Saúde, quando se der a retirada dos militares interinos. Onyx deixou a Casa Civil, um posto mais poderoso, porém incômodo, pois é uma posição que se caracteriza por dizer “não”, um lugar pouco confortável para um candidato.