Curioso o entusiasmo do mercado e assemelhados com a indicação de Joaquim Levy para o BNDES. No mínimo, vai exigir certo desvio na narrativa que atribui a recessão, o desemprego e todos os males à condução da economia no governo Dilma Rousseff, da qual esteve à frente durante o longo ano de 2015. Apesar de toda a dedicação e boa vontade demonstradas pelo então ministro, ele não conseguiu levar adiante o ajuste fiscal prometido. E nem foi lá esse craque no jogo das relações com o Congresso, que atingiu o governo com seguidas pautas-bomba na ocasião.
Certo, trata-se de um técnico. Na linguagem do radicalismo que marca cada afirmação do governo eleito, porém, vai ser difícil juntar os discursos e explicar. Ou bem Levy foi o principal ministro de um governo que acabou com a economia ou é um sujeito competente para o BNDES de Jair Bolsonaro.