O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), deputado Ronaldo Nogueira (PTB/RS), ficou indignado com um voto da Conselho Nacional de Direitos Humanos censurando-o por demora na divulgação da lista de envolvidos em trabalho escravo, quando foi ministro do Trabalho, em 2016. Segundo Nogueira, ele seguiu às normas nacionais e internacionais.
A demora, de dois meses, deveu-se ao amplo direito de defesa dos acusados. O parlamentar gaúcho atribui a condenação à retaliação de opositores prejudicados pelo corte de privilégios corporativos com a reforma trabalhista, conduzida por ele no governo Michel Temer.
Ele disse a Os Divergentes que está vexado com esse fato, pois tem uma vasta biografia na área dos direitos trabalhistas. Sempre esteve ligado à classe trabalhadora, disse, desde seus tempos de vereador, em Carazinho, no Rio Grande do Sul, depois como presidente da Fundação Gaúcha de Trabalho Assistência Social, ministro do Trabalho e, ultimamente, como presidente da Funasa, um órgão estreitamente ligado aos assalariados.
Nogueira atribui a condenação à perseguição política de adversários e não concretamente a seus atos administrativos.