Dia do azar: nesta sexta-feira 13 de novembro, exportadores de carnes informaram ao governo brasileiro de que clientes do exterior disseram-lhes que brevemente vão notificar oficialmente seus fornecedores de que somente receberão produtos com certificação de origem. Em bom português, somente receberão bifes, frangos e derivados de suínos que comprovadamente não sejam criados e engordados nas granjas da Amazônia. O alerta veio de grandes importadores, principalmente de empresas que administram redes mundiais, como Mcdonalds, Burger King e outras do gênero.
Segundo os exportadores, seus clientes justificam-se dizendo receber pressões de entidades e grupos organizados de sociedades civis ligadas às defesas de consumidores ou de militâncias ambientalistas dos países importadores. Para atender à essas demandas, passarão a exigir de seus fornecedores comprovação de que essas carnes não procedem de áreas desmatadas ou atingidas por queimadas. Segundo essas fontes, essas restrições atingem frontalmente os estados de Mato Grosso, Rondônia, Pará, Tocantins e Goiás.
Por outro lado, essas mesmas fontes dizem que os boatos neste sentido já estavam circulando nesses estados, produzindo temor de desestabilização das cadeias de produção, com suas consequências imediatas: forte desemprego em toda a região, não apenas nas fazendas e áreas rurais, mas em toda a economia. A expectativa é de que uma população estimada em 20 milhões de habitantes (em toda a Amazônia Legal) seja atingida pelas crises social e econômica num prazo relativamente curto. Outra consequência seria o lançamento nas ilegalidades de quase toda a atividades agrícola, num efeito dominó a partir da falência da pecuária de corte de bovinos, aves e suínos. A sugestão dos exportadores é enfrentar a onda com uma rápida e eficiente campanha de contra propaganda.