Semana de glória para o DEM. O partido que se acomodava na grande política como um “puxadinho” do PSDB, virou casa grande nesta última semana, com a vitória de seus filiados para a presidência das duas casas do Congresso. Com três ministérios de primeira linha, o partido se consolida como força decisiva no parlamento, empalmando dois poderes da República.
Além disso, com a atuação decisiva de seu ministro chefe da Casa Civil, deputado federal Onyx Lorenzoni, derrubando o grande cacique do Congresso, o senador Renan Calheiros (leia-se José Sarney), configurou-se esse protagonismo. De fornecedor de candidatos a vice-presidentes para dar um lustro “de direita”, às chapas tucanas, esse partido, originário da dissidência do PSD, então denominada Frente Liberal, coloca-se como o segmento mais dinâmico das forças conservadoras que chegam ao poder com o presidente Jair Bolsonaro.
Em tempo: é um equívoco histórico dizer que o DEM vem da Arena da ditadura militar. Ele vem de um racha do partido de sucedeu a Arena, como parte de uma fragmentação lá atrás do dispositivo político da ditadura, que pegou tanto o partido do governo como o próprio MDB de Ulisses e Montoro.