Argentina é fio desencapado. Segunda-feira na Federação da Indústria do Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro voltou a repetir a afirmação que parecia ser um ato falho quando, em Dallas (USA), saiu de sua boca: Em caso de eleição da líder peronista, ela será, de fato, o inimigo do novo regime brasileiro, declarou o presidente brasileiro.
Cristina desistiu da candidatura a presidente, mas não há dúvida de que ela será a figura mais forte do futuro governo de Buenos Aires. No Rio, Bolsonaro ampliou suas críticas, acrescentando que, nesse caso, o Brasil ficará cercado por regimes hostis: com Argentina ao Sul, Venezuela ao norte e Bolívia a oeste.
Impulsionada pelos ministros Olavo Setúbal, do Exterior, e Dílson Funaro, da Fazenda, reverteu-se uma situação de desconfiança semi-hostil de séculos entre os dois países. É preciso não esquecer que a guerra entre Brasil e Argentina, já foi, até os anos 1970, a hipótese de conflitos estudados nos estados maiores das forças armadas dos dois países, desapareceu com a criação do Mercosul. A rivalidade está de volta, diga-se o que se disser.