Politicamente fortalecidos pelo bom desempenho eleitoral, os tucanos vão usar esse cacife para pressionar o governo a adotar uma ampla agenda de reformas. Além da emenda constitucional que estabelece um teto para os gastos públicos, prioridade absoluta da equipe econômica, o PSDB quer aprovar as reformas da Previdência, trabalhista e política.
— A oposição saiu muito enfraquecida das eleições. O tal discurso do golpe não colou. O governo tem que aproveitar esse momento para avançar na agenda de reformas, afirma o senador tucano José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela.
O PSDB está promovendo seminários sobre todas as reformas. Nessa quarta-feira, vão discutir as mudanças na Previdência Social. Daqui 15 dias, o debate será sobre as alterações na legislação trabalhista. Na sequência, a reforma política. As conclusões serão encaminhadas ao partido e ao presidente Michel Temer.
Como são mudanças polêmicas, os tucanos e o governo terão dificuldade em conseguir o apoio de sua ampla base parlamentar.