O resultado do jogo era previsível. Todos os competidores sabiam o resultado de antemão. Ninguém esperava que Lula conseguisse reverter no tapetão do TSE o cartão vermelho que recebeu ao ser enquadrado, pela condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, na Lei da Ficha Limpa.
Assim, a encenação chega ao fim. O espetáculo para manter uma candidatura Lula, cumprindo pena em Curitiba e legalmente inelegível, foi até agora um sucesso político. As pesquisas eleitorais mostram que a cadeia não tirou intenções de votos em Lula.
Orientado pelo próprio Lula, o PT pretendia esticar a corda até aonde desse. Mesmo que isso incomodasse quem, no partido, avalia que adiar o lançamento de Fernando Haddad pode ter prejuízo eleitoral. O espólio eleitoral de Lula está em disputa. Marina Silva, Ciro Gomes e até Jair Bolsonaro, segundo as mais variadas pesquisas, bicam daqui e dali.
Não deu certo.
Helena Chagas já antecipou aqui em Os Divergentes que o PT, para não ficar fora da propaganda eleitoral no rádio e na tevê, avalia trocar já na segunda-feira Lula por Fernando Haddad.
A conferir.