Temer pisca para a turma que insiste em mamar no Imposto Sindical

Presidente Michel Temer.

Para não cair da pinguela, Michel Temer faz uma verdadeira ginástica para se equilibrar entre interesses opostos. Em busca de apoios de ávidos políticos e de corporações, ele abre os cofres, ameaça o ajuste fiscal — outro de seus compromissos de sobrevivência – e tenta remediar tudo isso com o aumento de impostos.

Como sempre, a conta sobra para os contribuintes.

Em mais um malabarismo, Temer parece ter piscado em reunião nessa quinta-feira (20) com representantes de centrais sindicais. Eles foram lá propor um jeitinho para não acabar com o Imposto Sindical, o ponto mais relevante da reforma trabalhista.

Querem a criação por medida provisória de uma tal contribuição sindical a ser aprovada em assembleias sindicais com direito a arrecadar, de maneira compulsória, um pedágio de todo e qualquer integrante de cada categoria profissional.

Quem conhece como funciona as assembleias da quase totalidade dos sindicatos brasileiros sabe que isso é apenas um me engana que eu gosto. Na prática, é a ressurreição do mesmo Imposto Sindical, fábrica de pelegos em todos os tempos.

Está em jogo uma bolada que, em 2016, chegou a R$ 3,5 bilhões.

O Imposto Sindical alimenta uma indústria de criação de sindicatos que funcionam apenas no papel, sem nenhuma representatividade. Virou um negócio tão lucrativo quanto a corrida para fundar partidos de olho no Fundo Partidário, outra conta paga pelo contribuinte.

São ambas cartas patentes valiosas nesse estado cartorial.

O problema para Michel Temer é que se ceder aos sindicalistas vai desagradar os deputados que foram achincalhados por essa turma por terem aprovado o fim do Imposto Sindical. São eles que vão decidir se ele será ou não processado no Supremo Tribunal Federal.

A conferir.

 

 

 

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