Senadores do PMDB e de outros partidos convenceram o vice-presidente Michel Temer a limitar a cota de amigos em sua equipe ministerial. Eles deixaram claro que não pegaria bem em um governo de ampla coalizão, com a expectativa de impressionar bem a sociedade e as forças políticas, a nomeação para o ministério de Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Henrique Alves. O recado foi claro: desse quarteto escolha no máximo dois para os 24 ministérios.
Temer praticamente definiu que Padilha assume a Casa Civil e Geddel vai ser o articulador político na Secretaria de Governo. Moreira Franco deve comandar um órgão, sem status ministerial, que cuidará das concessões para aeroportos, rodovias etc. Quem ainda está no limbo é Henrique Alves. Ele batalha para voltar a um Ministério do Turismo, e o deseja encorpado com a pasta dos Esportes — seria o homem do governo federal nas Olimpíadas, por exemplo. Mas tudo indica que não será. Como também não tem o apoio da bancada do PMDB na Câmara, Henrique Alves deverá ganhar um cargo relevante, também sem status ministerial, que, entre outras vantagens, assegura o foro privilegiado.