Sem mitos, discurso, candidatos e dinheiro, PT não se vê no espelho

Manifestação contra o PT. Foto Orlando Brito

As primeiras pesquisas sobre as eleições municipais mostram que o ruim pode ficar pior. Depende da perspectiva. Que o PT largaria mal parecia precificado. Pode surpreender o tamanho da queda em capitais e grandes cidades onde sempre estiveram no páreo. Começar nessas praças abaixo de 10% — em outras igualmente relevantes com 2 ou 3% — sinaliza um desastre maior.

Ter lançado cerca de 50% menos candidatos do que em 2012 foi um indicativo das intenções modestas dos petistas, plenamente justificadas. Perder o discurso, bandeiras relevantes em sua história, e até a poderosa máquina de arrecadação,  são razões mais que suficientes para um fiasco eleitoral sem precedentes.

Sem ter aonde se agarrar, o PT tenta sobreviver com a aposta de sempre. Por incrível que pareça, mesmo tendo perdido grande parte de seu cacife, o ex-presidente Lula é o único vislumbre que enxergam. Pelo que se sabe em variadas investigações, com a saída de Dilma de cena, Lula e seus familiares vão juntos para o banco dos réus.

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