Há tempos, o PT ataca aqui e no exterior a Justiça brasileira. Todas as decisões, em todas instâncias, referentes ao ex-presidente Lula são atribuídas a um suposto golpe desfechado por uma parceria entre o Judiciário e a mídia no Brasil. Por todas acusações contra a Justiça, em tese o PT deveria ser o maior interessado em uma CPI Lava Toga.
Nenhum dos seis senadores do PT assinou o requerimento para criar a tal CPI. Além de restrições regimentais, sempre tidas como meras filigranas em outras ocasiões, o senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, expôs um argumento surpreendente: “A gente acha que neste momento em que já há tensionamento brutal na sociedade, já existe uma crise institucional gigantesca, trazer esse tema para a pauta é um grande equívoco”.
Humberto Costa até pode ter razão. Mas o PT, que vem dobrando as apostas contra uma sucessão de “golpes” — do impeachment de Dilma Rousseff à prisão de Lula–, dizer que é hora de baixar a bola merece uma explicação mais razoável.
Uma delas é que custa pouco dar agora uma mãozinha a ministros do STF que têm em mãos decisões vitais para o partido. Estão previstos para daqui a algumas semanas julgamentos no STF que podem tirar Lula da cadeia. Nem que seja para cumprir pena domiciliar.
A conferir.