Sem editorial, ministro fica no cargo. Por enquanto…

Henrique Alves, ministro do Turismo. Foto Orlando Brito

Na segunda-feira, dia 23 de maio, pela manhã, quando o jornal Folha de S.Paulo revelou as gravações das conversas entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o Palácio do Planalto chegou a confirmar a manutenção de Jucá à frente do Ministério do Planejamento.

Mas depois, às 14h41, o jornal “O Globo” soltou o primeiro editorial online dos jornais brasileiros pedindo a demissão do ministro. Não houve mais jeito: o presidente Michel Temer pediu que Jucá se exonerasse. Por volta das 16h o anúncio do afastamento já estava feito.

Na segunda-feira dia 30, Brasília amanheceu sob o impacto das gravações de Sérgio Machado com Renan Calheiros e o ministro da Transparência, Fabiano Oliveira, em que este último fazia críticas à Operação Lava Jato. O mesmo script: Temer confirmou a manutenção do ministro. Mas “O Globo” soltou seu segundo editorial online e Fabiano acabou exonerando-se.

Hoje tivemos mais uma segunda-feira de denúncias a sacudir Brasília. Transcrições de conversas do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Léo Pinheiro, da OAS, levaram a Procuradoria-Geral da República a pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito contra o ministro.

Como nas vezes anteriores, o Palácio do Planalto anunciou que Henrique Alves não deixará o cargo.

A diferença é que, até agora (já passam das 19h30), o jornal “O Globo” não soltou um editorial online. Pode ser, então, que o ministro fique mesmo.

Pelo menos por enquanto…

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