Num fim de tarde em novembro, figuras ilustres de tribos variadas chegaram, aos poucos, a um famoso endereço carioca, a badalada mansão de Angélica e Luciano Huck no paradisíaco Joá.
De liberais a pós comunistas foram lá ouvir de Huck, em primeira mão, a notícia de que o anfitrião anunciaria em breve sua decisão de não entrar na corrida ao Palácio do Planalto. O que de fato ocorreu dias depois.
Saíram dali com impressões diferentes sobre o futuro político de Huck.
Estavam lá parentes do anfitrião, economistas de escolas diferentes como Paulo Guedes e Luiz Carlos Mendonça de Barros, a líder do Agora! Ilona Szabó, Roberto Freire e Raul Jungmann, do PPS, entre outros.
Um dos convidados era o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que, desde o governo Dilma Rousseff, tem sido o principal anteparo ao envolvimento dos militares nas sucessivas crises políticas.
Sete meses antes, no Forte Apache, o Quartel General do Exército em Brasília, o general Villas Bôas causou constrangimento a Michel Temer e sua comitiva ao atacar a “aguda crise moral, expressa em incontáveis escândalos de corrupção”.
Nessa cerimônia, o juiz Sérgio Moro e Luciano Huck foram condecorados com a Ordem do Mérito Militar. Agraciar Moro falou por si só. A homenagem a Huck foi atribuída ao destaque dado em seu Caldeirão a atuação das tropas brasileiras no Haiti.
Por que o comandante do Exército – mesmo com uma doença grave, degenerativa, ele continua no cargo com o aparente propósito de afastar das tropas o cálice da política — participou da tal pajelança na casa de Huck?
O que interlocutores do general e do apresentador disseram é que eles são amigos.
Parece que até o chefe do Exército está em busca de alternativa ao capitão Bolsonaro para uma possível disputa com Lula.
A conferir.