Nos últimos dias, uma comitiva com 15 representantes de instituições financeiras do Brasil e do exterior circulou, discretamente, pelo Congresso Nacional, sondando senadores e deputados de peso sobre duas questões que consideram decisivas para reforçar a confiança do mercado no governo Michel Temer. 1) – Há alguma possibilidade de a presidente Dilma Rousseff, depois de afastada, conseguir retomar o cargo?; 2) – Michel Temer terá apoio suficiente na Câmara e no Senado para aprovar medidas duras necessárias para recolocar o país nos eixos?
A turma do mercado saiu satisfeita das conversas. A avaliação unânime é de que Dilma é carta fora do baralho, sem nenhuma chance de volta. Na opinião dos parlamentares, Michel Temer também terá os votos necessários para aprovar as mudanças que propor. Era tudo o que os representantes do sistema financeiro queriam ouvir.
Do outro lado. A única frustração dos parlamentares que receberam a comitiva do mercado é que, mesmo tendo presença confirmada, Illan Goldfjan, economista-chefe do Itaú Unibanco, não veio a Brasília. Talvez, por ser cogitado para ser o presidente do Banco Central na gestão do futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.