Marina Silva andava meio sumida. A dúvida se isso era bom ou ruim. Alguns a achavam omissa diante desse inédito festival de escândalos. Outros entendiam que ela se preservava ao não entrar no mesmo pântano em que mergulharam outros grandes protagonistas da nossa política.
Parecia cômodo para ela. Mantinha-se à distância, marcando posição aqui e ali, e ganhando tempo com as platitudes de sempre. Tudo isso sem se expor. Mesmo assim, em todas as pesquisas eleitorais, ela sempre foi competitiva.
Na entrevista a Roberto D`Ávila, exibida na noite dessa quarta-feira (26) na Globonews, Marina entrou em campo. Expôs com clareza diferenças em relação ao PT, PMDB, PSDB, Lula, Michel Temer e Alckmin.
O ponto central dela foi a Lava Jato. Lula, Temer, Aécio e toda a elite política de alguma maneira tentam se livrar das investigações. Todos eles, mesmo os que a elogiam de boca para fora, conspiram para dar um basta na Lava Jato.
Marina foi taxativa: desde a redemocratização do país, a Lava Jato é o evento mais importante na história política do país. Citou o que todos sabem que, além de escancarar a corrupção na política, a Lava Jato abriu a caixa preta do assalto à Petrobras, Banco Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobras, Fundos de Pensão…
Aí, Marina marcou uma diferença com seus principais concorrentes: como um divisor de águas no Brasil, a Lava Jato tem que seguir seu curso sem que se crie barreiras para atrapalhar as investigações.
Ou se vai por aí ou o país continuará “enxugando gelo”.
Não sai do atoleiro.
A conferir.