Maior problema de Alckmin é não conseguir fazer o dever de casa

Candidato a Presidência, Geraldo Alckmin fala no debate promovido pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Foto Orlando Brito

Geraldo Alckmin tem excelentes palanques em São Paulo e Minas Gerais. Mesmo assim, é no Sudeste que sua candidatura mais patina. De acordo com a pesquisa do Ibope, em vez de crescer com o início da propaganda eleitoral, em que tem mais de 40% de todo o tempo dos presidenciáveis no rádio e na tevê, ele perdeu um ponto percentual na região. Caiu de 11% para 10% suas intenções de voto.

Nas eleições presidenciais, o Sudeste, o maior eleitorado do país sempre foi o carro-chefe dos tucanos, puxado por São Paulo. Alckmin, portanto, não está conseguindo fazer o dever de casa, e a badalada máquina tucana em São Paulo até agora não mostrou resultado.

Alckmin até que melhorou seu desempenho nas outras regiões do país. No Sul pulou de 3% para 8%, um indício de que pode estar recuperando os eleitores perdidos para o ex-tucano Álvaro Dias, que caiu 3 pontos percentuais na única região em se destacava nas pesquisas.

No Nordeste, onde o PSDB tem enfrentado sucessivas derrotas, Alckmin simplesmente dobrou suas intenções de voto: passou de 4% para 8%. Desempenho semelhante ao obtido na soma das regiões Norte e Centro-Oeste: lá, ele pulou de 5% para 10%. Quem caiu por lá foi Jair Bolsonaro, que perdeu 4 pontos percentuais, de 30% para 26%, mas continua liderando com ampla vantagem sobre os demais presidenciáveis.

As pressões dos aliados sobre Alckmin vão se intensificar. Se em 10 dias, ele não mostrar poder de recuperação no Sudeste, a vaca poder ir para o brejo.

A conferir.

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