A solenidade dos atores no julgamento do habeas corpus preventivo para salvar Lula da cadeia prometia um desfecho melhor. Mais uma vez, episódios que poderiam ser históricos, murcharam por banalidades.
Nem as tendências explicitadas puderam ser testadas.
Quando o jogo era à vera, Marco Aurélio Mello puxou um papelucho, que disse ser um check in de passagem aérea, e propôs que a partida para valer fosse adiada.
Teve o apoio de quem, com todo o favoritismo, poderia ter liquidado a fatura ali, mas não quis correr risco.
É que, na batalha preliminar, os votos de Alexandre de Moraes e de Rosa Weber, por mais explícitos, ainda deixaram brechas para alimentar torcedores na briga se Lula vai ou não para a prisão.
Rosa teve forte protagonismo na preliminar. Pode repetir na votação do mérito. A dúvida ainda é para que lado.
Alexandre de Moraes é um ponto dentro da curva que, independente da vontade de seus padrinhos políticos, pode mudar de rota.
Resumo da ópera: Lula vai ter sossego na Semana Santa.
O Supremo, na sessão do dia 4 abril, pode ou não estender essa suposta tranquilidade.
A conferir.