Lava Jato pode fazer um strike na política do Rio de Janeiro

Sérgio Machado, ex senador e ex presidente da Transpetro.

O mundo político do Rio de Janeiro é um caso à parte na Operação Lava Jato e em outras investigações sobre pagamento de propinas pelas empreiteiras. Por sediar a Petrobras e a Transpetro e virar um canteiro de obras para as Olimpíadas, o Rio tornou-se um paraíso para as construtoras, que passaram a distribuir dinheiro a políticos dos mais variados partidos.

Estão sendo investigados pelo Ministério Público e Polícia Federal o governador licenciado Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), o governador em exercício Francisco Dornelles (PP) é um dos citados na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Dos três senadores, Lindbergh Farias (PT), investigado pela Lava Jato, e Romário (PSB) por supostamente ter recebido dinheiro da Odebrecht.  Ele nega.

Entre os deputados federais eleitos pelo Rio de Janeiro, estão sendo investigados Eduardo Cunha (PMDB), Jandira Feghali (PC do B), Luiz Sérgio (PT), Simão Sessin (PP) — teve um dos inquéritos da Lava Jato arquivado, mas continua pendurado em outro–,  Rodrigo Maia (DEM) por uma troca de mensagens com o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS. Maia diz que pediu dinheiro para a campanha de seu pai e tudo foi contabilizado. Também são citados na delação de Sérgio Machado Édson Santos, ex-ministro da Igualdade Racial no Governo Lula, e o ex-deputado Jorge Bittar (PT), atual presidente da Telebrás.

“O Sérgio Machado e os diretores que operavam na Petrobras sempre reservaram o grande volume de recursos para seus padrinhos no PT, PMDB e PP. Mas sempre guardaram um troco para atender a outros políticos, inclusive de partidos diferentes, especialmente os do Rio de Janeiro”, afirma um operador do esquema na Petrobras, que pediu para não ser identificado. Ele diz que a lista de políticos do Rio de Janeiro que se beneficiaram do esquema é bem maior da que foi até aqui divulgado. A conferir.

 

 

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