Jogo de empurra entre operadores pode sobrar para Eduardo Cunha

Lúcio Funaro. Foto Ueslei Marcelino/ObritoNews

Quando a maré é ruim, sempre pode piorar. Depois de ser paparicado por colegas parlamentares, empresários, lobistas de todos os tipos, interessados em derrubar ou manter Dilma Rousseff… Eduardo Cunha entrou em um redemoinho de rejeições. A mais curiosa delas ocorre nos bastidores da Operação Lava Jato.

Eduardo Cunha é acusado de, por décadas, ter participado dos mais variados negócios que renderam propinas para ele e seus aliados políticos. Para isso, ele contou com a ajuda de bons especialistas nessa espécie de mágica financeira. Após a debandada dos bajuladores, dos financiadores, dos aliados políticos, ele enfrenta agora um salve-se quem puder entre os seus operadores.

Investigadores da Polícia Federal, do Ministério Público e até jornalistas são bombardeados com informações cruzadas disparadas pelos principais operadores de Eduardo Cunha: Ricardo Magro, preso em uma investigação de megas fraudes com dinheiro de fundos de pensão, e Lúcio Bolonha Funaro, também na cadeia em outro escândalo gigantesco – a cobrança de propina em financiamentos com recursos do FGTS.

Por meio de intermediários, Magro acusa Funaro de ser “o operador” de Cunha, Lúcio rebate no mesmo tom e afirma que Magro é “o operador” de Eduardo Cunha. Quem assiste o embate de perto sabe que ambos têm razão. Quer dizer, quem certamente vai dançar no final é Eduardo Cunha.

 

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