Paulo Bernardo foi preso, acusado de se beneficiar de um esquema formiguinha que roubou dinheiro de funcionários públicos em dificuldades financeiras. A Operação Custo Brasil determinada pela Justiça Federal em São Paulo, apesar de autônoma, meio que furou a fila. Em Curitiba, a expectativa era de que antes de Paulo Bernardo e os rolos no crédito consignado, a Lava Jato colocasse outras estrelas de governos petistas na roda.
De acordo com investigadores, estão bem adiantadas algumas apurações em relação ao ex-ministro Antonio Palocci. Em uma delas, relativa ao pagamento de propinas por causa da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, Palocci aparece junto com Erenice Guerra, outra ex-chefe da Casa Civil.
Quem atua na área assegura que os executivos da Andrade Gutierrez deram as informações necessárias para fechar o cerco contra Palocci e Erenice, também colocados na lista de beneficiários em Belo Monte por outros empreiteiros. Dizem que uma ação contra Palocci não demora.
Mas é sempre bom lembrar que quem faz a fila andar é o juiz Sérgio Moro. Ele pode alterá-la a qualquer momento, até porque há delações premiadas em curso que podem antecipar ou retardar as operações da Lava Jato.
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