Como bem definiu Rudolfo Lago, nesses tempos políticos a fidelidade é de hena. A infidelidade também. Dois encaminhamentos de líderes na votação sobre a licença para processar Michel Temer deixaram isso bem claro.
O líder tucano Ricardo Trípoli fez um belo discurso em defesa da necessidade, independente de interesses eleitorais, de aprovar a investigação sobre Temer. Só que os tucanos estão divididos. Suas principais lideranças apoiam Temer. Ele não expressou a posição de Geraldo Alckmin e de todos os governadores do partido, dos ministros tucanos, de João Doria, Arthur Virgílio, Aécio Neves e José Serra…
No painel eletrônico da Câmara, os tucanos se alinharam ao PT. Na realidade, nem os tucanos foram tanto ao mar e nem os petistas se esforçaram para derrubar Temer.
A líder do PSB Tereza Cristina também fez uma ginástica verbal para defender Temer quando seu partido é contra. Ao final de um discurso confuso, ela achou um jeitinho para justificar sua posição: “O PSB votará não. Mas eu votarei sim”.
Haja coerência. De todos.