Houve um tempo em que a Loteria Esportiva era o grande jogo de sorte ou azar país afora. Ali podia-se cravar vitoriosos ou optar por palpites duplos e até triplos. Erros e acertos sempre podiam se neutralizar.
Michel Temer, nessa derradeira investida pela sobrevivência, busca apoio de quem trabalha com os três prognósticos. É uma batalha meio às cegas. Mais do que ninguém, especialista no jogo, ele sabe que o bônus da vitória, independente de quem vença, é a meta de todos.
O que embaralha tudo é que jogadores do mesmo time serão decisivos na vitória ou derrota dessa ou daquela equipe.
Com tantas alternativas, é o jogo em si que pode produzir seu próprio resultado. Por exemplo, a expectativa geral nessa segunda-feira (10) é sobre o relatório do deputado Sérgio Zveiter. É pule de dez que seu parecer será favorável a aceitação da denúncia contra Temer.
E se der zebra e for o contrário?
Para Michel Temer seria uma vitória inesperada, em um jogo em que perde pontos e apoios a cada dia, mas para quem põe a cara na luta para destrona-lo do poder nada altera. Esses dois times, minoritários, têm suas escalações públicas.
Eles, porém, não definem o placar e nem que será vitorioso.
O impacto do parecer do Zveiter, do mesmo PMDB do presidente da República, é se transformar na senha para a debandada de bancadas governistas em favor de Rodrigo Maia. Nada a ver com bons argumentos para convencê-los.
De uma maneira geral, como diria Leonel Brizola, os governistas estão costeando o alambrado.
A conferir.