Os tucanos mal conseguem esperar o fim das eleições para um acerto de contas que promete espalhar muitas penas. Geraldo Alckmin, cada vez mais isolado no ninho, está, como ele mesmo diz, “pê” da vida com a facada desferida por Tasso Jereissati na bombástica entrevista ao Estadão. No entorno de Jereissati diz-se que foi apenas um troco pelos acordos não cumpridos por Alckmin quando assumiu a presidência do partido.
Aécio Neves, que faz uma campanha pelas frestas em Minas com o objetivo de se eleger deputado federal com uma grande votação, vinha fingindo de morto no embate nacional. Não gosta nem um pouco quando Alckmin procura se livrar dele em entrevistas e debates. Mas o que mais lhe incomodou foi a nova bordoada de Jereissati. Dizem que ele ficou uma arara.
A questão já não é nem mais dar ou votos a Alckmin. Pelo que apoiadores do tucano, alguns que até pareciam bem firmes, têm soprado aqui e ali só um milagre evita uma debandada geral se até o final desta semana um milagre não ressuscitar a candidatura Alckmin.
Perdido no meio desse tiroteio, Geraldo Alckmin ainda tenta encontrar com sua equipe de comunicação um tom adequado para ocupar seu gigantesco tempo de tevê. Ele tem mirado em Jair Bolsonaro em uma campanha pelo voto útil que pode dar o efeito contrário. Tem gente se preparando para trocá-lo por Ciro Gomes e pelo próprio Bolsonaro. Alguns no Nordeste já fazem campanha até para Haddad.
Dos aliados, Alckmin pouco pode cobrar. É no próprio ninho tucano que o pau vai quebrar.
A conferir.