Entre outras facetas, a eleição para a Prefeitura de São Paulo mostra peças espalhadas do que um dia foi uma espécie de mosaico petista. A tal ponto que o tucano João Dória estreou na campanha tentando, com apenas uma estocada no petismo, atingir a três adversários.
Ao afirmar que quem foi do PT sempre será petista, Dória mirou ao mesmo tempo no prefeito Fernando Haddad e nas ex-prefeitas Marta Suplicy e Luiza Erundina, todos eleitos pelo partido para governar São Paulo. Se já enfrentava defecções, o PT ficou mais vulnerável depois do escândalo de corrupção na Petrobras.
Na dispersão do petismo em São Paulo até o candidato Celso Russomano, do PRB, partido identificado com a Igreja Universal do Reino de Deus, entra na campanha com um petista para chamar de seu. Líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza acaba de trocar o PT por uma vaga na coordenação da campanha de Russomano.
Vaccarezza, porém, não pode atribuir a mudança de barco ao envolvimento do partido com o Petrolão. Ele está sendo investigado pela Operação Lava Jato pela acusação de ter recebido propina em negócios com a Petrobras.