A informação, divulgada pelo colunista Lauro Jardim, de que a Polícia Federal prendeu um grupo que se preparava para cometer atos terroristas durante as Olimpíadas aumentou o clima de tensão no governo federal. O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, deu uma entrevista em que trata os supostos terroristas como uma “célula amadora”, monitorada desde abril, que havia decidido partir para a ação.
Antes da entrevista do ministro da Justiça, o site da revista Época informou que a Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal prendeu 10 brasileiros em todo o país que usaram redes sociais para jurar fidelidade ao Estado Islâmico e preparar atentados no Rio. Eles planejavam comprar armas para executá-los, como o famoso fuzil automático Kalashnikov automático AK-47. “Outras agências internacionais nos ajudaram com informações, mas toda a operação foi feita pela Polícia Federal”, contou o ministro da Justiça, Alexandre Moraes.
A impressão que fica da entrevista de Alexandre Moraes é de que se trata de um grupo incipiente, sem organização, com pouca capacidade para realizar um ato terrorista — ainda mais no Rio de Janeiro, ocupado por forças militares e policiais do Brasil e por especialistas em segurança dos principais serviços de inteligência do mundo.
Mas, depois do sangrento atentado em Nice, França, a preocupação aumentou no governo. “Tomamos todas as medidas. Mas não dá para negar o stress. É sempre assim antes de grandes eventos como a Jornada Mundial com o Papa Francisco e a Copa do Mundo”, disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann a Os Divergentes.