Depende de como se olha. Por um ângulo é um desastre, por outro pode ser um respiro. O problema é se, mesmo assim, não passar de um suspiro.
A elite política brasileira, em todos os seus naipes, idiossincrasias e ideologias, começa a semana com alguma taquicardia.
Leia também: É a política, estúpido (Andrei Meireles)
A pressão arterial já havia subido com o aperitivo das delações da Odebrecht.
As delações são ainda mais explosivas.
Todos sabem disso.
Quem convive em Brasília com investigadores, advogados e políticos ouve um pouco mais.
O que se espera de Rodrigo Janot, auxiliado por uma mega força tarefa, é que finalmente vire o protagonista de um jogo até agora jogado por seu time em Curitiba e em outras frentes de corrupção.
Na avaliação de seus colegas, ele teve todo o tempo de fazer seu jogo estratégico enquanto Sérgio Moro segurava a peteca em Curitiba. Por todo e qualquer ângulo, chegou a hora de uma aposta maior.
Rodrigo sabe que, sob pressão de todos os lados, tem de mostrar logo algumas boas cartas.
Até porque qualquer vacilo é perigoso.
Pode virar arma em sua sucessão no comando do Ministério Público, em que um terceiro mandato está sendo contestado.
Rodrigo é maior que isso.
A conferir.