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A aposta de Haddad na tocha de Lula para iluminar os escombros do PT

Por
Andrei Meireles
-
setembro 14, 2018, 7:08
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    Faltam ainda dois anos para a sucessão presidencial. Até aqui, Fernando Haddad é o candidato de Lula, que pode escolher outro nome. Ou colocar-se ele mesmo no páreo / Foto: Ricardo Stuckert/PT

    O PT nasceu como uma grande renovação na política brasileira. Alguns pequenos sucessos aqui e ali passaram por alguns testes se as boas intenções do partido correspondiam a sua capacidade de governar cidades, estados e o próprio país. O principal deles foi nas eleições municipais de 1988, em pleno clima de euforia cívica com a Constituinte.

    Vitor Buaiz. Foto PT

    O PT venceu em três capitais. Na capixaba Vitória, com Vitor Buaiz, foi o começo de uma boa experiência que se transformou em um equívoco pelo qual se paga até hoje. O sucesso arrebatador foi a eleição de Luiza Erundina em São Paulo. Trinta anos depois, a gestão de Erundina continua polêmica: alguns a avaliam com um desastre administrativo, outros como modelo de gestão — e de honestidade– que infelizmente não teve continuidade.

    A eleição de Olívio Dutra prefeito de Porto Alegre virou marco histórico para o partido. Com o Orçamento Participativo e outras práticas de gestão, o modo petista de administrar na capital gaúcha fez sucesso no estado, no país e mundo afora. Virou passaporte de competência para a histórica campanha presidencial de Lula em 1989.

    Essa vitrine petista espatifou.  Mesmo sendo a turma do PT menos atingida pelos múltiplos escândalos, a seção gaúcha continua a pagar um preço maior.

    Depois do fiasco nas eleições municipais em 2016, de acordo com a pesquisa eleitoral do Ibope, divulgada nessa quinta-feira (13), o PT virou apenas figurante na disputa pelo Palácio Piratini. A disputa é entre o governador Ivo Sartori (MDB) e o tucano Eduardo Leite. O petista Miguel Rossetto, estrela em outras paradas, patina no andar de baixo.

    Olívio e Tarso. Foto PT

    Tarso Genro, Olívio Dutra, lideranças de peso, até tentam se diferenciar da turma que meteu o pé na jaca da corrupção, mas não passam disso. Fazem críticas pontuais, mas não viram a mesa. Estão pagando esse preço. Mais uma decepção para quem sonhou com Porto Alegre como contraponto de Davos.

    De acordo com as pesquisas eleitorais, o desempenho do PT país afora, exceto em alguns nichos no Nordeste e em Minas Gerais, é uma soma de fracassos. Mesmo assim, o partido é altamente competitivo na sucessão presidencial. Depois de muitas metamorfoses, o PT se agarra a Lula para tentar sobreviver.

    Foto Ricardo Stuckert/PT

    Lula se sente à vontade nesse jogo e cobra lealdade do partido em busca de uma alternativa que o tire da cadeia, onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro. Da cela em Curitiba, ele exige compromissos explícitos para evitar riscos com seus presumidos herdeiros. Não quer errar de novo. No seu entorno avalia-se que ele não estaria passando por tantos perrengues se Dilma Rousseff tivesse lhe devolvido o bastão em 2014.

    Daí as amarras que deixam claro que Fernando Haddad, pelo menos nessa entrada na corrida presidencial, é uma espécie de ventríloquo do Lula. Escolhido para representar esse papel, Haddad o assume aparentemente sem nenhum constrangimento. “O Lula não é só uma pessoa, ele encarna um projeto. Quando o encontrei, ele me disse: ´Eles vão fazer de tudo para não deixar você ser candidato. Toma a tocha e diz para o povo que você me representa”.

    É isso aí. Haddad pegou um tocha que pode iluminá-lo ou chamuscá-lo.

    A conferir.

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      Andrei Meireles
      Repórter de Política há mais de 40 anos, Andrei Meireles passou pelas redações dos jornais O Globo e Jornal de Brasília, das revistas IstoÉ e Época, foi comentarista político do boletim diário da revista Época na rádio CBN e colunista do Fato Online. Um dos mais premiados jornalistas brasileiros, tem dois prêmios Esso (de Reportagem em 2000 e de Jornalismo em 2001) e três prêmios Embratel (de Jornais e Revistas em 2001 e 2004 e o Grande Prêmio Embratel Barbosa Lima Sobrinho em 2009).

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