A primeira medalha olímpica é tirar de cena Dilma Rousseff e Eduardo Cunha

Como será o agosto de Dilma e Cunha? Foto Orlando Brito

Para quem gosta de fortes emoções políticas, agosto é o mês. É o oitavo nos calendários juliano, gregoriano e, se reconhecido, também no goiano. Aqui ganhou fama de trágico pelo suicídio de Getúlio Vargas, a renúncia de Jânio Quadros e a morte de Juscelino Kubitschek. Coincidências alimentam essa reputação, como a queda do avião em 13 de agosto de 2014 que tinha como passageiro o presidenciável Eduardo Campos, mesmo dia em que morreu, muitos anos antes, seu avô, o lendário Miguel Arraes.

Mundo afora também alimenta alguma mística. A primeira notícia sobre o célebre Jack, o Estripador, descrevendo o peculiar assassinato de Mary Anne Nichols, foi publicada no Bradford Observer em 8 de agosto de 1888.

Quem aprecia se inspirar em números para as mais variadas apostas, começa nesta segunda-feira o primeiro de agosto de 2016. Por falar em pescoços cortados, na política é o mês que estava marcado para a cassação do mandato de Eduardo Cunha e o impeachment de Dilma Rousseff. Até agora, o primeiro evento está confirmado.

Mas, os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e do Senado Federal, Renan Calheiros, resolveram fazer seu próprio calendário e adiar o impeachment de Dilma para 2 de setembro. Agosto não vai sentir falta.

Cunha dança durante as Olimpíadas. Se não renunciar até lá, Dilma será cassada antes do início dos Jogos Paralímpicos, marcado para 7 de setembro, data histórica no Brasil. Na realidade, depois de serem protagonistas de dramas políticos, saem de cena muito menores do que em seus bons momentos. Nem os seus mais fiéis aliados os aguentam mais. Estão mais interessados no desempenho dos atletas. Em agosto ou setembro, essa novela perde audiência, o fim de Cunha e Dilma será melancólico.

 

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