ANA LUIZA VINHOTE, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: CHICO NETO
Era só chover para a Escola Classe 01 (EC1) da Candangolândia ficar inundada. Os alagamentos constantes causavam diversos transtornos à comunidade escolar. Tal transtorno, porém, é coisa do passado: o Governo do Distrito Federal (GDF) construiu barreiras que impedem que a água entre no colégio.
A escola é um dos 32 locais reformados este ano. Com investimentos de R$ 1,4 milhões, verba do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) e de emendas parlamentares, a obra vai beneficiar cerca de 28 mil alunos da rede pública. Além da construção das barreiras, o refeitório, a cozinha e a sala dos servidores ganharam reforma total.
A merendeira Antônia Oliveira, 50 anos, trabalha há quatro anos na EC1 e lembra que os reparos eram aguardados toda a comunidade escolar. “Para segurar a pia, por exemplo, tinha que ter um pedaço de madeira”, conta. “Não tinha espaço para guardar os alimentos. Agora temos equipamentos de qualidade e ventilação”.
“Quando a criança vê a escola arrumada, é uma forma de estimulá-la a ter uma vida mais organizada e saudável”
Ana Maria Rosa, diretora da EC1
A diretora da EC1, Ana Maria Rosa, destaca a importância da obra, que contempla, além dos funcionários, 353 estudantes. “Quando a criança vê a escola arrumada, é uma forma de estimulá-la a ter uma vida mais organizada e saudável”, ressalta. No local, também foi instalada uma sala de vídeo com projetor.
Outras reformas
O Centro de Educação Infantil 01 do Núcleo Bandeirante também passou por várias melhorias para receber as 450 crianças. No retorno das aulas, os alunos vão se deparar com uma guarita, banheiros reformados, refeitório totalmente refeito, assim como a cozinha e o depósito. A parte elétrica e hidráulica também recebeu manutenção, além da parte administrativa.
No Centro de Ensino 01 Urso Branco, no Núcleo Bandeirante, os 1,7 mil alunos voltarão para a escola com direito a um auditório novo em folha, além de duas salas de vídeo. Portas, pisos, teto e iluminação foram trocados, proporcionando ventilação e iluminação ao espaço. Servidores encontrarão uma copa recém-construída. Os professores, por sua vez, terão dois estúdios com ar-condicionado para gravar aulas, já pensando na nova realidade causada pela pandemia do novo coronavírus.
Distribuição por regiões
As escolas estão distribuídas em cinco regiões administrativas (RAs): nove no Núcleo Bandeirante, cinco na Candangolândia, oito no Riacho Fundo, 11 no Riacho Fundo II e duas no Park Way. As características estruturais e ocupacionais nessas regiões, no entanto, são diferentes. Enquanto no Núcleo Bandeirante e na Candangolândia as escolas funcionam em prédios mais antigos, muitos ainda da década de 1960, no Riacho Fundo II as unidades de ensino são mais modernas.
A coordenadora da Regional de Ensino da Candangolândia, Ana Maria Alves, reforça que a reforma das escolas traz qualidade de vida ao trabalho pedagógico. “Tanto os professores quanto os alunos terão um retorno ainda mais positivo”, avalia. Segundo Ana Maria, mais três colégios também passarão por reformas este ano.
Paranoá e Itapoã
Dos 35 colégios públicos do Paranoá e do Itapoã, 23 passam por reformas neste ano, desde o teto ao piso, incluindo os centros de ensino rurais. Os serviços do GDF transformarão a realidade de cerca de 19 mil estudantes. O investimento é de R$ 1,9 milhões, provenientes do Pdaf e de emendas parlamentares.