A mentalidade brasileira que sobreviveu no cérebro dos eleitores de Bolsonaro é o mau tempo. Eles possuem cérebros que dizem “parece um bom dia, mas amanhã o gelo está chegando”. E esses são os cérebros que eles têm. E é assim que esses eleitores processam, automaticamente, informações sobre um mundo bom. Por exemplo, o governo de Lula.
Depressão, raiva, paranoia lhes servem muito bem. Na “Idade do Gelo”, a ideia corriqueira era pensar que coisas ruins estavam por acontecer. Para os eleitores de Bolsonaro é difícil, quase impossível, considerar a possibilidade de que o progresso do Brasil realmente exista. Era um pesadelo viver num país próspero governado por um semianalfabeto torneiro mecânico. Lula ergueu uma nação forte, próspera, boa, sadia, sem ter uma tragédia todos os dias. Ele criou uma forma normal e próspera de vida.
As elites acumulam riquezas explorando o pensamento da “Idade do Gelo” dos incautos cidadãos brasileiros. Os meios de comunicação usam de maneira eficaz e implacável a linguagem ameaçadora para monopolizar os eleitores temerosos e colocá-los contra membros e simpatizantes do PT. Como diria o finado Paulo Henrique Amorim, o PIG dissemina o ódio no Brasil.
Os petistas de plantão não se deram conta de que a maioria do povo brasileiro tem a mentalidade da “Idade do Gelo”, e é incapaz de desfrutar da prosperidade que tanto trabalhou e lutou para conquistar. Portanto, se os eleitores realmente vivem em um mundo mais benigno e desejam aproveitar o planeta em que vivem, precisam romper com esse ciclo do negativismo.
A maioria dos brasileiros carecem de um adequado ensino, boa educação, balanceada nutrição, apoio e uma visão otimista do país e do resto do mundo.
E essa foi a mensagem que os petistas faltaram lhes transmitir quando estiveram no poder.