Nessa quinta-feira o presidente Jair Bolsonaro recebeu no Palácio Itamarati os também presidentes da China, Rússia, Índia e África do Sul, integrantes do bloco de negócios que tem como objetivo integrar e fortalecer as relações das cinco nações em torno dos setores da economia, ciência e tecnologia, saúde e combate a crimes.
Ao falar para os outros quatro presidentes dos países que formam a cúpula — Xi Jinping, Vladimir Putin, Nerendra Modi, Cyril Ramaphosa — e para empresários da área de investimentos e negócios, Jair Bolsonaro disse: — A politica externa do meu governo tem os olhos postos no mundo, mas em primeiro lugar, no Brasil, para estar em sintonia com as necessidades da nossa sociedade
Em seu discurso Xi Jinping destacou a importância do livre comércio, sem o protecionismo exercido por algumas potências mundiais e, também, a importância da tecnologia digital na modernização e progresso do mundo. Vladimir Putin enfatizou a necessidade do combate ao terrorismo e aos crimes de lavagem de dinheiro.
Por fim, assinaram a “Declaração de Brasília”, com 73 quesitos que abordam temas os mais variados, como a integração e fortalecimento das relações diplomáticas e comerciais entre as cinco nações. Citam crises no Sudão, na Sìria e Iêmen, mas não há nenhuma referência à situação da Venezuela, Chile e Bolívia.
No encontro de quarta-feira com o presidente chinês Xi Jinping, Jar Bolsonaro disse, após a assinatura nove atos em diversas áreas de interesse dos dois países.
— A China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil. Mas que intensificar, queremos diversificar nos relações comerciais.
O ministro Paulo Guedes, da Economia, aproveitou a ocasião para anunciar que está em estudos, a criação de uma área de livre comércio entre Brasil e China.
Esta é a segunda vez que Bolsonaro e Jinping se encontram nos últimos 30 dias. No início do mês, em Pequim, quando firmaram acordo de flexibilização de vistos de entrada de chineses do Brasil, e agora, com normas e contratos para importação exportação de frutas, entre outros.