Eleições serão nova frente de batalha entre os políticos e a Justiça

Delcídio Amaral, ex-lider do governo Dilma no Senado. Foto Orlando Brito

Os caciques políticos perderam a vida mansa na Justiça. Cada vez mais, eles são obrigados a prestar contas de seus atos e malfeitos nas diversas instâncias judiciais. Essa nova realidade tornou  bem tensas as relações entre os dois polos de poder. Vem aí mais um campo de batalha: as eleições municipais em outubro.

Por decisão do Supremo Tribunal Federal, está proibido o tradicional financiamento empresarial das campanhas eleitorais. O Ministério Público promete ser rigoroso na fiscalização. Sob a condição de anonimato especialistas em campanhas eleitorais e políticos experientes fazem uma previsão surpreendente: os candidatos já preparam expedientes para burlar a proibição e generalizar o uso do Caixa 2.

“Quem acha que os prefeitos e seus padrinhos políticos estão intimidados está profundamente equivocado”, diz um marqueteiro depois de uma rodada de conversas com clientes candidatos à reeleição. Até quem já foi excluído do jogo político concorda. É o caso do ex-senador Delcídio Amaral, com os direitos políticos suspensos com a cassação de seu mandato pelo Senado Federal. ” Vai ser a eleição do Caixa 2″, afirma. Segundo Delcídio, promotores país afora são até bem intencionados, mas não dispõem de mão obra suficiente para uma fiscalização capaz de amedrontar os candidatos. “Só a polícia poderia fazer isso, mas nos estados ela é controlada pelos governadores, que dificilmente vão acioná-la contra aliados”. A conferir.

 

 

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