Depois de uma semana sem praticamente nenhuma atividade parlamentar no Congresso por conta do feriado do Dia Primeiro de Maio, a Câmara Federal volta nesses próximos dias a viver clima de intensa movimentação.
A partir dessa terça-feira, volta a ser discutido na Comissão Especial da Câmara, o projeto que o governo Bolsonaro tem como principal peça para equilibrar não somente a situação econômica e o caixa da União, mas também a situação de aposentados e pensionistas: a Reforma da Previdência.
Durante o mês de abril, foram intensos os debates na Comissão de Constituição e Justiça quando da admissão da Reforma da Previdência. O ministro da Economia, Paulo Guedes, esteve pessoalmente na Câmara para falar aos parlamentares. O resultado foram discussões acaloradas e até trocas de insultos. Por fim, o projeto foi admitido.
A agora passará para a segunda fase de tramitação, a Comissão Especial, instalada há dias. O novo presidente, Marcelo Ramos, do PR do Amazonas, e o relator Samuel Moreira, do PSDB de São Paulo, com certeza enfrentarão momentos de tensão durante as sessões.
A oposição — principalmente, os deputados do PT, PCdoB e do PSOL –, é inteiramente contra a maioria dos pontos da reforma. Faz barulho e usa de todas as artimanhas que o regimento permite para dificultar seu andamento. Mesmo tendo maioria de parlamentares, o governo tem dificuldade para sua aprovação de maneira fácil.
Enfim, pelo que se espera, será uma semana repleta de momentos difíceis na Comissão Especial da Previdência da Câmara antes de seguir para o plenário principal para votação definitiva dos 513 deputados. Em todas as etapas desse processo, estão no meio os deputados do chamado Centrão, grupo de partidos que apoia, mais ou menos, o governo.