O deputado federal Nelson Barbudo (PSL-MT), o mais votado de Mato Grosso, está indignado com o decreto que retira os subsídios da conta de energia elétrica dos produtores rurais. A fórmula do Ministério da Economia, que deve entrar em vigor ainda este ano, elimina o adjutório em parcelas, processo que se completa em 2023.
Os impactos deste corte da ajuda financeira foram discutidos nesta terça-feira, 12, na reunião semanal da Frente Parlamentar da Agropecuária, em Brasília.
O corte desse aporte à energia elétrica faz parte de um projeto do Governo para retirada total dos subsídios à agropecuária no País. Segundo Barbudo, é uma política agrícola suicida, que retira a capacidade de competição do agronegócio nos mercados internacionais.
Enquanto o Brasil esfria seus preços, os países competidores dão subsídios de até 30 por cento do valor dos produtos. Na contramão, diz o parlamentar, o produto brasileiro, sem nenhum apoio, tem de enfrentar barreiras tarifárias gigantescas na maior parte dos mercados.
Ele está desgostoso com a equipe do ministro Paulo Guedes, formuladora dos cortes. Diz que o agricultor de Mato Grosso tem de trabalhar de sol a sol (e lança, bem-humorado, um aposto: “e bota sol nisso”, lembrando a canícula dos cerrados).