Hoje é o dia D das estatais, e começou com a posse de seus novos dirigentes no Planalto, quebrando a rotina de posses separadas nas sedes das empresas. O ato de Michel Temer simbolizou a dimensão das mudanças que pretende fazer nas estatais, talvez a parte mais visível do cavalo-de-pau que está sendo dado na economia.
Mais do que a Petrobras, que sob Pedro Parente será administrada como empresa de mercado, a curiosidade de empresários e investidores tem como alvo hoje o novo BNDES. A decisão anunciada de devolver ao Tesouro este ano R$ 100 bilhões deixou muita gente com a pulga atrás da orelha. Haverá recursos para o BNDES emprestar para investimentos em concessões e privatizações?
Maria Silvia Bastos Marques tentou responder a essa pergunta hoje no Planalto. Segundo ela, o pagamento de RS 100 bilhões do BNDES ao Tesouro já está na programação deste ano e não deve prejudicar o financiamento às concessões porque esse programa deve ser suportado com recursos privados.
“As pessoas se esquecem que o BNDES sempre se financiou com recursos privados. Hoje é um mercado que está fechado, mas com a retomada do crescimento poderemos voltar ao mercado de capitais, fazer captação internacional. O importante é dar um pontapé inicial e começar”, disse a nova presidente do BNDES, segundo informa o Broadcast.
A resposta não tranquilizou de todo o pessoal. Ninguém sabe bem ainda como e quando será dado o pontapé inicial.