Quem morre de véspera é peru de Natal, e a ordem no PT, apesar das pesquisas que dão larga margem de vantagem para Jair Bolsonaro, é não esmorecer e continuar fazendo campanha para Fernando Haddad ativamente nesta última semana. Acima de tudo, a estratégia é levar o debate em torno das denúncias do caso WhatsApp a todos os lugares e veículos possíveis.
O fio de esperança que ainda existe em alguns petistas está relacionado à revelação do esquema que seria bancado por empresários favoráveis a Jair Bolsonaro, e que agora chega à opinião pública. Denunciado pela Folha de S.Paulo, o caso virou notícia para o resto da mídia com as providências tomadas pelo próprio WhatsApp e deve continuar no noticiário nos próximos dias.
Ainda que, política e matematicamente, sejam remotas e quase impossíveis as chances de uma virada de jogo a favor de Fernando Haddad no dia 28, a cúpula petista – de Lula aos mais moderados ligados ao candidato – está decidida a cair atirando. Em jogo, está o tamanho da derrota, que pode ser maior ou menor, e seus possíveis desdobramentos.
A avaliação é de que, quanto maior for a vitória de Bolsonaro, mais fortalecido ele estará contra eventuais investigações da Justiça Eleitoral que, no limite, poderiam levar ao julgamento da legalidade da chapa no TSE durante seu governo. Produzir arranhões, questionar a legitimidade e reduzir o tamanho dessa vitória é a primeira missão da futura oposição.