A campanha eleitoral desse ano foi, sem dúvida, eletrizante. Milhares de candidatos concorreram aos cargos de presidente da República, Senado Federal, câmaras dos deputados federal e estaduais, além de governador para os 27 estados da federação. Houve campanhas milionárias, de extremas sofisticação e outras paupérrimas desprovidas de recursos. Porém, em geral de muita criatividade.
Infortunadamente, a maioria delas não foi bem sucedida, houve surpresas positivas e resultados de derrotas já esperado. Nós mesmo, aqui nOs Divergentes, fizemos uma viagem pelo mundo das campanhas de famosos e desconhecidos que sonham em representa o povo através do voto. Dois desses brasileiros, Jair Bolsonaro e Fernando Haddad continuam em campanha. Estão na luta do segundo turno para ver qual será o novo presidente do Brasil
Por exemplo, Eduardo Suplicy, tido como favorito para representar o povo paulista no Senado, perdeu. Seus 4 milhões e 600 mil votos não foram suficientes para elege-lo. Em seu lugar vão o Major Olímpio, aliado de Jair Bolsonaro, e Mara Gabrilli do PSDB. Dos nomes famosos de São Paulo para o longínquo interior do Rio Grande do Sul: o quase desconhecido Gaúcho da Geral, foi eleito deputado estadual com 43 mil votos.
Aqui nOs Divergentes mostramos a batalha da deputada Tia Eron para reeleger-se, na Bahia. A parlamentar esticou sua campanha em várias cidades do estado e na capital Salvador. Seus esforços valeram a pena, conseguiu sua recondução para o Legislativo Federal com 69.153 votos. A mesma sorte não teve Wermerson Raio de Sol, que cruzou as cercanias de sua cidade Itaberaí, no interior de Goiás, acompanhando as caravanas de carros-de-boi. Acreditava que os fazendeiros eram o suficiente para elege-lo. Não foi. Obteve 4.996 votos, número insuficiente para coloca-lo na Assembléia Goiana.
O Capitão Styvenson chegará a Brasília com o mandato de Senador pelo estado do Rio Grande do Norte. Sua campanha baseou-se no cumprimento das leis do trânsito. Foi recompensado com mais de 25% dos votos. Já Romero Jucá, famoso e reconhecido parlamentar do MDB no cenário nacional, não terá mais mandato de senador. Por menos de oitenta votos viu escapar seu próximo mandato parlamentar por Roraima. Nem Jucá e nem Ângela Portela foram reeleitos.
Vimos o esforço de José Américo da Silva que registrou-se no Tribunal Eleitoral do Pará como Viado da Bike, para disputar uma vaga de deputado estadual. Desfilou andando de bicicleta, de roupa nova, paletó e calça cor de rosa, pelos principais pontos de Belém. Os eleitores não contribuíram com o desejo do candidato Viado da Bike. Com apenas 1.280 votos, não foi eleito. Longe de Belém, em São Paulo, o ator Alexandre Frota teve sorte melhor do que o descontraído paraense José Américo da Silva. Aliado de Bolsonaro, obteve 155.522 votos e ganhou o mandato de deputado federal.
Os tantos candidatos que mostramos durante a campanha que mostramos aqui nOs Divergentes, acabaram por gerar curiosidade dos leitores quanto ao resultado de suas eleições. Publicamos a batalha pelo voto da feirante Hilda da Maça do Amor, moradora de Juiz de Fora. Empurrando um carrinho de madeira repleto frutas carameladas ela queria eleger-se deputada estadual em Minas. Seu marketing de campanha funcionou positivamente somente para 1.230 eleitores e ela ficou fora. Bem diferente de Soraya Thronicke. Foi às ruas defendendo as idéias de Bolsonaro. Elegeu-se senadora por Mato Grosso do Sul.
Com certeza na próxima legislatura da Câmara Federal o Brasil verá debates acalorados entre dois deputados eleitos em 7 de outubro. Kim Kataguiri e Gleisi Hoffmann. Ele, líder e um dos fundadores do Movimento Brasil Livre, o MBL, critico ferrem dos governos petistas. Ela, parlamentar pelo Paraná, presidente do PT e fã número um de Lula. Ambos tiveram boas votação.
Teteia do Jegue também apareceu em plena campanha nas páginas dOs Divergentes. Chapéu de couro, e sorriso franco para os eleitores. Locutor de rádio e comentarista de futebol na pequena cidade de Eunápolis, no interior da Bahia, usou de todo seu carisma para convencer seus eleitores a elege-lo. Conseguiu 2.916 votos, quantidade insuficiente para dar a ele um assento na Câmara Legislativa em Salvador. Doutor Gatão também usou de sua loquacidade para ganhar votos. Também locutor de rádio e comentarista televisão deixou os estúdios da emissora e ganhou as ruas. Mas não a eleição para deputado estadual. Quando abriram-se as urnas o afavél comunicador teve que se deparar com uma dura realidade: ficou em 141ª posição na lista de votação. Ou seja, ficou fora.
Cento e vinte votos. Foi o que conseguiu nas urnas a candidata a deputada a uma vaga na Câmara Legislativa Federal, Valéria de Santana, registrada no Tribunal Eleitoral como Mc Bandida. Esperava que sua principal promessa de campanha — aumentar a autoestima das mulheres distribuindo próteses para aumentar o bumbum — fosse capaz de elege-la. Pelo visto somente 120 eleitoras se interessaram sua proposta, porque foi esse o número de seus votos. Quem bombou nas urnas e ja saiu delas eleito no primeiro turno foi Ratinho Jr. filho do famoso apresentador de televisão. Concorreu ao governo do Paraná e venceu ainda no primeiro turno com 3 milhões e 210 mil votos.