O que rolou nesta manhã nos quartéis bolsonarianos:
1. A grande insistência no discurso da vitória em primeiro turno não se deve apenas às dificuldades do candidato para vencer no segundo – que até diminuíram segundo o Ibope de ontem mostrando que empata com todo mundo e ganha de Marina. O problema real é o estado de saúde de Jair Bolsonaro, ainda frágil e com poucas condições de enfrentar uma campanha no segundo turno de igual para igual com o adversário.
2. Entre pessoas que transitam no Albert Einstein, há hoje dúvidas até sobre se Bolsonaro terá condições de deixar o hospital antes do primeiro. A possibilidade de o candidato comparecer ao debate da Globo no dia 4 de outubro é considerada bastante remota. Interlocutores explicam que Bolsonaro certamente irá se recuperar, mas é uma recuperação lenta, que exige cuidado. Há quem, inclusive, ache que ele está exagerando na gravação de vídeos e nos posts no Twitter. Advertem que não é hora para abusos e lembram Tancredo Neves, que fez uma foto montada para tentar mostrar que estava melhor do que estava e deu no que deu.
3. A boa notícia para a turma de Bolsonaro é que o general Hamilton Mourão não vai mais abrir a boca. Foi proibido.
4. Matematicamente, vitória em primeiro turno está hoje tão distante quanto a Austrália. A soma dos adversários de Bolsonaro, que teria que ficar abaixo de seu percentual (28%), é hoje de mais de 50%. Por enquanto, sonho de um noite de verão.