Desde que entrou em ação a Operação Lava-Jato, nomes e expressões antes adstritas ao mundo jurídico e do jargão policial, que somente dormitavam no subconsciente das pessoas, agora são bem familiares aos ouvido e boca do povo. A partir do ano de 2003, a Polícia Federal passou a dar título às suas ações. De lá até hoje, uma infinidade – beirando o número de mil – dessas operações são levadas a cabo por iniciativa da Justiça, de procuradores e juízes com autoridade para tal. Todas com o objetivo de investigar e oferecer provas para punição de eventuais crimes.
Naturalmente, personagens que lideram essas operações tornaram-se conhecidas de todos. Um desses nomes é o delegado, aliás, Juiz Federal Sérgio Moro, do Paraná, titular da Operação Lava-Jato. Para a grande maioria, Sérgio Moro é um exemplo a ser seguido por aqueles que buscam a punição de infratores. Para poucos, um jovem magistrado equivocado.
O certo é que, longe de rótulos que possam dar a Moro, em coordenação com a Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, essas seguem investigando empresários, funcionários do governo, políticos, lobistas, empresários, banqueiros, publicitários, ex-ministros, e enfim, quem mais “tiver culpa no cartório”, aqueles que forem protagonistas de negócios ilegais.
Assim, o noticiário dos jornais, revistas, tevês, blogs, portais, sites e mídias sociais da Internet a cada minuto informam e surpreendem a população com notícias envolvendo o tema da corrupção. Mesmo nos papos de botequim, raras são as vezes em que não aparecem os vocábulos suspeitas, investigações, diligências, perícias, laudos, denúncias, audiências, depoimentos, entrevistas, indiciamentos, conduções coercitivas, prisões, acusações, foro privilegiado, defesas, delações, julgamentos, condenações, absolvições, cumprimento de pena, regimes fechado e aberto. Verdades e mentiras.
Orlando Brito